quarta-feira, 25 de julho de 2012

Exorcista

"O homem é, por natureza e vocação, um exorcista. O exorcista tem a função de expulsar o demômio e afastar as más influências que venham afetar pessoas, objetos e ambientes. É um ofício litúrgico. Mas, é também uma tarefa permanente do homem. O ser humano tem a missão de expulsar o demônio do mal da face do universo. Cabe-lhe eliminar as influências nocivas, dispersar as forças destruidoras, impedir a infiltração dos vícios, descativar as consciências aprisionadas por erros e misérias, libertar vidas que estão sob o jugo de condições injustas, desumanas e antievangélicas. Exorcizar é responsabilidade primária e radical do homem. Se o homem abdica dessa tarefa, solidariza-se com o mal, aceita a invasão da iniquidade, concorda com a degradação do mundo. O exorcista é um inconformado. Contesta a presença do mal, sob qualquer forma e em qualquer situação. Quem se recusa a praticar o exorcismo em si mesmo e no mundo, é um demissionário, tolera passivamente o domínio da servidão espiritual ou material. No dia em que o homem não quisesse mais praticar o exorcismo, teria capitulado perante as forças da malícia, e da cidade humana não ficaria pedra sobre pedra. O homem tem sido insuficientemente exorcista. Não leva a sério a missão de exorcizar. Agita-se quando surge um episódio extraordinário, real ou apenas fictício. Mas, permanece indiferente às anomalias instaldas nos fatos comuns e situações ordinárias. Muitas vezes, o homem convive com o demônio do mal e não se assusta. Espanta-se com a possibilidade de uma possessão diabólica, mas não se intranquiliza com a influência maligna que lhe envenena e estraga sua vida, o lar, o trabalho, as relações sociais. O homem deve reassumir a missão de exorcista. O campo do exorcismo é vasto e desafia a responsabilidade de todos os homens. Há muito demônio para ser desalojado. Há muito exorcismo a ser feito no mundo hoje. Infelizmente, o que falta não é demônio para ser expulso. O que falta é exorcista que queira expulsar o demônio do mal." JUVENAL ARDUINI Livro: Estradeiro, Para onde vai o homem?

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Porque pensar é não compreender...

Creio no mundo como num malmequer, Porque o vejo. Mas não penso nele Porque pensar é não compreender... O Mundo não se fez para pensarmos nele (Pensar é estar doente dos olhos) Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo... Eu não tenho filosofia; tenho sentidos... Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é, Mas porque a amo, e amo-a por isso Porque quem ama nunca sabe o que ama Nem sabe por que ama, nem o que é amar... Fernando Pessoa