domingo, 19 de junho de 2011

domingo, 12 de junho de 2011

sábado, 11 de junho de 2011

Práticas de Desapego

Apego – processo de identificação. Colar no outro – como se fosse um membro meu: “meu marido, minha esposa, minha mãe”. Quando você toma uma pessoa como parte sua, você acha que pode se intrometer, se envolver em tudo e deixa que a pessoa se intrometa muito na sua vida. Respeito só acontece a partir do desapego. Reconhecimento do limite! “Perder” as pessoas=sofrimento. Parece que perdeu um braço, dói muito. A opção de mudança é o desapego. Aprender a viver com o desapego=equilíbrio, respeito, você se sente mais amplo e mais livre. Somos espíritos livres.

Práticas de desapego:

Eu não preciso de ninguém. Eu não preciso daquele amor, daquele marido, preciso sim de amor, de atenção, mas não especificamente daquela pessoa. Parar de cismar, pois isso é uma fuga da realidade, não é amor nem paixão. Procure outras maneiras, arrume outras pessoas, seja melhor para você. Pois ficamos naquela cisma e não conseguimos andar pra frente.

Não me apegar às pessoas, nem às coisas materiais, nem a papéis, colocar essa força e esse interesse na fonte da vida. Ao invés de grudar em uma coisa fora, grude em alguma coisa dentro. Vou me apegar a Deus, à vida, ao universo, à proteção do universo. Eu devo ao universo, à vida, eu não devo a ninguém. Através do universo nossas vidas se cruzam temporariamente. A segurança em alguma coisa é aqui dentro.
Com os olhos fechados: em quem eu estou muito ligado? Diga a frase: Eu sou eu, ele é ele! Várias vezes com muita lucidez, até descolar. Ele lá, eu aqui. Você desloca aquela energia de você, e também a ameba que sempre traz o assunto pra sua cabeça, repetindo o pior. A raiva e o ódio também são formas de apego.

Todo mundo é todo mundo, eu sou eu, o outro é o outro. A ameba nos amarra nos outros, nos faz sentir medo. Mesmo assim, a pessoa é ela, possui o arbítrio dela = isso é o respeito real. O outro não tem que fazer o que você quer, se você tem o poder de seduzir o arbítrio do outro tudo bem, mas mesmo assim, o arbítrio ainda é do outro. Não analise, não critique, ouça! Compreenda-a por ela mesma e não pela sua cabeça.

O desapego tende a melhorar 100% as nossas relações. Práticas para os relacionamentos durarem mais, serem mais sérios, com mais respeito. Eu sei que estou apegado quando estou ansioso e preocupado. Independente do que aconteça, eu ainda serei eu, e ela ainda será ela. As coisas vêm, vão, e eu permaneço. Eu gosto do que naquela pessoa, gosto de fazer o que com a aquela pessoa? Isso é meu, eu tenho o meu gostar com aquela pessoa. No desapego, eu dou porque gosto e me faz bem, não espero em troca. Troca: o que você tem de mim, o que eu tenho de você? Isso não é apego, é troca. Se a fonte dessa pessoa secar, vou procurar outra. O bom empresário troca seu fornecedor quando não está bom. Diversificação é desapego. Se a empresa faliu, eu não fali.

Desapego não significa que você não tenha constância. O passado já foi o bom tá aqui! Tá agora. Isso não existe mais, o que existe é o agora. EU SOU EU AQUI E AGORA, O RESTO É LÁ FORA. O importante é que eu esteja aqui e agora, me sentindo bem.
SOLTA A PESSOA, ELA É DELA, ELA É ELA.

Fonte: Luiz Antônio Gasparetto

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Nada possuímos, não somos donos de ninguém


O sentimento de posse tem sido a causa de muitos sofrimentos. Sofremos quando nos roubam os bens materiais, sofremos quando perdemos afetos que julgávamos nossos. Enquanto vivemos na Terra, estamos sujeitos a freqüentes perdas. Tudo o que possuímos são empréstimos da Divindade para aprendermos as lições do Amor na escola da Vida.
Nem tudo que é nosso nos acompanhará na Grande Viagem. Deixaremos roupas e calçados, casa e fazendas, carros e jóias e tudo aquilo que se constitui interesse material: as nossas pequenas posses, pelas quais tanto brigamos e nos magoamos, nossos discos e livros de estimação, nossos objetos de uso pessoal e infinidades de coisas que nos apegamos tanto e um dia seremos obrigados a deixar para que os outros façam o que bem queiram e entendam...
Porém, a mágoa que mais dói e consome, é aquela causada pela perda do ser amado. O sentimento de abandono tem nos causado tanto ressentimento, que, durante séculos vimos caminhando para ressarcir as faltas cometidas perante a Lei Divina, motivadas por essa forma de sentir.
As pessoas têm o seu caminho próprio que nem sempre é ao nosso lado por muito tempo. Cada pessoa está conosco apenas por um pouco, devendo seguir outros rumos que não são os nossos. Assim como nós passamos pela vida de alguém, muitos também passam pela nossa vida, deixando a experiência, as lições, as boas lembranças.
Mesmo que alguém permaneça durante toda a vida física ao nosso lado, haverá períodos em que estará distante emocionalmente, sintonizado com outros interesses diferentes dos nossos.
Aproveitemos, pois, a presença dos nossos afetos, para usufruirmos dos seus sentimentos e vivermos esses momentos da melhor maneira possível, a fim de que sejamos um aconchegante raio de luz em suas recordações.
Preparemo-nos para deixa-los partir a qualquer momento, quando assim se fizer necessário, distanciando-se para outras experiências, nesta ou na outra vida, sem guardar mágoa nenhuma, lembrando de que Deus é quem verdadeiramente nos supre as carências e nos acompanha eternamente.