sábado, 11 de junho de 2011

Práticas de Desapego

Apego – processo de identificação. Colar no outro – como se fosse um membro meu: “meu marido, minha esposa, minha mãe”. Quando você toma uma pessoa como parte sua, você acha que pode se intrometer, se envolver em tudo e deixa que a pessoa se intrometa muito na sua vida. Respeito só acontece a partir do desapego. Reconhecimento do limite! “Perder” as pessoas=sofrimento. Parece que perdeu um braço, dói muito. A opção de mudança é o desapego. Aprender a viver com o desapego=equilíbrio, respeito, você se sente mais amplo e mais livre. Somos espíritos livres.

Práticas de desapego:

Eu não preciso de ninguém. Eu não preciso daquele amor, daquele marido, preciso sim de amor, de atenção, mas não especificamente daquela pessoa. Parar de cismar, pois isso é uma fuga da realidade, não é amor nem paixão. Procure outras maneiras, arrume outras pessoas, seja melhor para você. Pois ficamos naquela cisma e não conseguimos andar pra frente.

Não me apegar às pessoas, nem às coisas materiais, nem a papéis, colocar essa força e esse interesse na fonte da vida. Ao invés de grudar em uma coisa fora, grude em alguma coisa dentro. Vou me apegar a Deus, à vida, ao universo, à proteção do universo. Eu devo ao universo, à vida, eu não devo a ninguém. Através do universo nossas vidas se cruzam temporariamente. A segurança em alguma coisa é aqui dentro.
Com os olhos fechados: em quem eu estou muito ligado? Diga a frase: Eu sou eu, ele é ele! Várias vezes com muita lucidez, até descolar. Ele lá, eu aqui. Você desloca aquela energia de você, e também a ameba que sempre traz o assunto pra sua cabeça, repetindo o pior. A raiva e o ódio também são formas de apego.

Todo mundo é todo mundo, eu sou eu, o outro é o outro. A ameba nos amarra nos outros, nos faz sentir medo. Mesmo assim, a pessoa é ela, possui o arbítrio dela = isso é o respeito real. O outro não tem que fazer o que você quer, se você tem o poder de seduzir o arbítrio do outro tudo bem, mas mesmo assim, o arbítrio ainda é do outro. Não analise, não critique, ouça! Compreenda-a por ela mesma e não pela sua cabeça.

O desapego tende a melhorar 100% as nossas relações. Práticas para os relacionamentos durarem mais, serem mais sérios, com mais respeito. Eu sei que estou apegado quando estou ansioso e preocupado. Independente do que aconteça, eu ainda serei eu, e ela ainda será ela. As coisas vêm, vão, e eu permaneço. Eu gosto do que naquela pessoa, gosto de fazer o que com a aquela pessoa? Isso é meu, eu tenho o meu gostar com aquela pessoa. No desapego, eu dou porque gosto e me faz bem, não espero em troca. Troca: o que você tem de mim, o que eu tenho de você? Isso não é apego, é troca. Se a fonte dessa pessoa secar, vou procurar outra. O bom empresário troca seu fornecedor quando não está bom. Diversificação é desapego. Se a empresa faliu, eu não fali.

Desapego não significa que você não tenha constância. O passado já foi o bom tá aqui! Tá agora. Isso não existe mais, o que existe é o agora. EU SOU EU AQUI E AGORA, O RESTO É LÁ FORA. O importante é que eu esteja aqui e agora, me sentindo bem.
SOLTA A PESSOA, ELA É DELA, ELA É ELA.

Fonte: Luiz Antônio Gasparetto

Nenhum comentário: