terça-feira, 27 de março de 2012

Se o dinheiro for a sua esperança de independência, você jamais a terá. A única segurança verdadeira consiste numa reserva de sabedoria, de experiência e de competência.

Henry Ford

segunda-feira, 26 de março de 2012

Deixar fluir


Flua com a vida. Para onde quer que o fluxo da sua vida flua, onde quer que você sinta alegria e felicidade, vá fluindo nessa direção. A felicidade é o critério.

O rio Ganges flui em direção ao leste, o rio Narmada flui em direção ao oeste. Se por acaso acontecesse de eles se encontrarem no meio do caminho seria um grande problema, porque o Ganges diria, "eu estou indo para o oceano", e o Narmada também diria: "eu estou indo para o oceano."

Você vai dizer que um deles deve estar errado. Ambos podem estar errados, mas como ambos podem estar certos? Criaria uma grande discussão. E não há maneira de resolver essa discussão em pé no meio de um cruzamento na estrada. A pessoa tem que ir para o oceano para ver.

Mas se você for você saberá que o Ganges, que corre para o leste, atinge o oceano, e o Narmada, que flui para o oeste, também atinge o oceano. O oceano é um - como o oceano pode ser do leste ou do oeste? Você pode dar-lhe nomes diferentes, você pode chamá-lo de Mar da Arábia ou de Baía de Bengala, mas não faz qualquer diferença, o oceano é um e todos os rios chegam a ele.

Em qualquer caminho que você sinta o fluxo, onde quer que você sinta a alegria, onde quer que a poesia pareça surgir em sua vida, onde quer que você possa ir cantando, onde quer que você possa ir dançando, é o seu caminho. Então, não dê ouvidos a ninguém.

O Ganges de alguém pode estar indo para o leste. Diga-lhe: "Desejo a você o melhor, vá, mas meu Narmada está indo para o oeste e estou feliz. E eu encontrei minha direção para fluir, eu encontrei meu caminho. Porque eu sou feliz em cada passo, posso supor que no final haverá a bênção final."

Esse critério é verdadeiro em cada e em todos os passos do seu caminho. Sempre que há tensão, desconforto, sofrimento, dor, fique alerta. A música da vida não está fluindo? Então talvez você pode estar indo na direção errada, de alguma forma você deve estar indo contra a sua própria natureza.

No Bhagavad Gita, Krishna diz: "É melhor até morrer por sua própria natureza, mas seguir a natureza de alguém é destrutivo". Você pode se envolver com a natureza de outra pessoa - a natureza própria de alguém lhe atrai e cria uma ganância em você.

Vendo o Ganges indo para o leste, se o Narmada também tivesse o desejo de ir para o leste então ele iria sofrer. Ele ficaria em apuros e não seria capaz de chegar ao oceano.

Todo mundo tem sua própria maneira de fluir. Mantenha sempre sua visão em seu próprio critério interno. Sua harmonia interna irá sempre mostrar o caminho certo.

E quando você se torna muito influenciado pelo critério interno de outra pessoa, então você se torna confuso. Quando você começar a imitar alguém, você vai se extraviar, você vai se desviar de sua alma.

Enquanto você continuar seguindo sua própria harmonia interna, enquanto você seguir o seu próprio coração e ouvir a sua própria voz interior, então você nunca pode se extraviar.

E então você também vai saber que seu caminho não precisa ser necessariamente o caminho de outro alguém. Então você vai abandonar a necessidade de julgar o caminho do outro.

Então você vai notar muito isso - que, se o Ganges vai dançando, então ele deve estar indo em direção ao oceano. Seu oceano pode estar no leste, meu oceano está no oeste, mas eu também vou dançando e o Ganges também vai dançando, por isso ambos devemos estar indo para o oceano.

Porque, a menos que um rio vá para o oceano, ele não pode dançar. É o oceano se aproximando que se torna uma dança em seus pés.

É Deus se aproximando que se torna a felicidade interior. Felicidade é o critério

terça-feira, 20 de março de 2012

Mistério no Exterior, Poesia no Interior

Uma pessoa deve entender o Ah! das coisas e então tudo é compreendido.

Dizem que a filosofia começa com o maravilhar-se. Talvez. Mas a filosofia sempre tenta destruir a maravilha - ela quer matar sua mãe. Todo o esforço da filosofia é desmistificar a existência.

Quanto mais você acha que sabe, menos você tem respeito, maravilha, reverência, amor. A existência então parece estar no passado, sem relevo; não há mais nenhum mistério nela.

E é claro que, quando não houver nenhum mistério no exterior, não há nenhuma poesia no interior. Eles andam juntos, são paralelos: mistério no exterior, poesia no interior.

A poesia só pode surgir se a vida permanecer merecendo ser explorada. No momento que você sabe, a poesia morre; o ato de conhecer é a morte de tudo aquilo que é bonito em você.

E, com a morte da poesia, você vive uma vida que não vale a pena ser vivida - não pode ter significação, não pode ter nenhuma celebração. Não pode florescer, não pode dançar; você só pode se arrastar.

Então, talvez aqueles que dizem que a filosofia começa com o maravilhar-se estejam certos, mas eu gostaria de acrescentar mais uma coisa: ela tenta matar sua mãe.

A religião nasce com o maravilhar-se, vive com o maravilhar-se. A religião inicia com o maravilhar-se e termina com mais maravilhar-se. Essa é a diferença entre a filosofia e a religião - ambas podem ter o seu começo com o maravilhar-se, mas depois elas pegam caminhos separados.

A religião começa procurando compreender os mistérios e descobre que esses mistérios vão se aprofundando. Quanto mais você sabe, menos sabe, e o resultado do saber é a ignorância.

Você fica totalmente ignorante, não sabe absolutamente nada. Um estado de inocência é alcançado. Nesse estado de inocência, a poesia atinge sua perfeição. Essa poesia é a religião.



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segunda-feira, 19 de março de 2012

quarta-feira, 14 de março de 2012

"Que eu faça um mendigo sentar-se à minha mesa, que eu perdoe aquele que me ofende e me esforce por amar, inclusive o meu inimigo, em nome de Cristo, tudo isto, naturalmente, não deixa de ser uma grande virtude. O que eu faço ao menor dos meus irmãos é ao próprio Cristo que faço. Mas o que acontecerá, se descubro, porventura, que o menor, o mais miserável de todos, o mais pobre dos mendigos, o mais insolente dos meus caluniadores, o meu inimigo, reside dentro de mim, sou eu mesmo, e precisa da esmola da minha bondade, e que eu mesmo sou o inimigo que é necessário amar?”– Carl Gustav Jung
O que é ser livre ? É não termos vergonha de sermos quem somos. Nietzsche

Torne-se Poético


Um poeta vem a conhecer certas coisas que são reveladas somente em um relacionamento poético com a realidade.

No que se refere à esperteza mundana, o poeta é um tolo. Ele nunca se desenvolverá no mundo da riqueza e do poder. Mas, em sua pobreza, ele conhece um tipo diferente de riqueza na vida que ninguém mais conhece.

O amor é possível a um poeta, Deus é possível a um poeta. Somente aquele que é inocente o bastante para desfrutar pequenas coisas da vida pode entender que Deus existe, porque Deus existe nas pequenas coisas da vida: ele existe no alimento que você ingere, na caminhada que você faz pela manhã, no amor que você tem por seu amado ou por sua amada, na amizade que você tem com alguém. Deus não existe nas igrejas; estas não são parte da poesia, mas da política.

Torne-se mais e mais poético. É necessário ter coragem para ser poético; você precisa ser corajoso o bastante para ser chamado de tolo pelo mundo, mas somente então poderá ser poético.

E para ser poético, não quero dizer que você precisa escrever poesia. Escrever poesia é apenas uma parte pequena e não essencial de ser poético. Uma pessoa pode ser poeta e jamais escrever uma única linha de poesia, e uma outra pode escrever milhares de poemas e ainda não ser um poeta.

Ser poeta é um estilo de vida. É amor pela vida, é reverência pela vida, é um relacionamento sincero com a vida.

Osho



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