domingo, 25 de setembro de 2011

Causas Mentais da Felicidade



A dificuldade de uma visão puramente materialista da vida é que, além de ignorar toda uma dimensão da mente, ela não lida efetivamente com os problemas desta vida. Uma mente materialista é uma mente instável, porque sua felicidade é construída com circunstâncias físicas transitórias. Doenças mentais afetam tanto ricos quanto pobres, o que é uma indicação clara das limitações dessa abordagem.
Embora seja essencial manter uma base material razoável para viver, a ênfase na vida de uma pessoa deve ser cultivar as causas mentais e espirituais da felicidade. A mente humana é muito poderosa e nossas necessidades mundanas não são tão grandes a ponto de exigirem toda nossa atenção, especialmente levando em conta que o sucesso material soluciona tão poucos dos muitos desafios e problemas com que homens e mulheres se defrontam durante suas vidas, e ele não será de nenhuma ajuda na morte.
Por outro lado, se uma pessoa cultivar qualidades espirituais como harmonia mental, humildade, desapego, paciência, amor, compaixão, sabedoria e assim por diante, então a pessoa fica equipada com uma força e inteligência capaz de lidar efetivamente com os problemas desta vida; e como a riqueza que ela está acumulando é mental em vez de material, não terá que ser deixada para trás com a morte. Não será preciso entrar no estado pós-morte de mãos vazias.XIV Dalai Lama (Tibete, 6 de julho de 1935 ~)

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Violência e Adolescência: um olhar psicológico

É fato que a violência assume uma questão de grande preocupação nos dias atuais devido ao seu aumento significativo e o seu grau de intensidade. Nesse contexto, a questão demanda análises de forma profunda, considerando as várias dimensões envolvidas na problemática, como os aspectos psíquicos, relacionais, políticos e sociais.
Para Marty (2006), o conceito de violência constitui-se como o exercício do poder sem que se considere a relação com os outros ou algo. Na ocasião, nos interessa refletir acerca da violência na adolescência e questionar a relação existente entre atos violentos e essa faixa etária.
De acordo com Tavares (2011), a violência é construída mediante um processo de subjetivação da criminalidade, entendendo nesse sentido a subjetividade não como a essência desse sujeito, mas como um processo de composição cultural e social.
Esse processo reflete-se em vários aspectos sócio-culturais como as prisões que se configuram em um “sintoma” da criminalidade e não como uma “solução”, e nesse viés, podem ser entendidas como um instrumento de produção dessa subjetividade criminosa. (Young, 2003).
Foucault (1989) analisa a dimensão disciplinar mediante a instituição prisão e suas características cotidianas como as filas, o monitoramento constante, os atos repetitivos, dentre outros. Assim, a prisão, bem como o infrator, representa os resultados do poder disciplinador da sociedade e que, também, podem ser visualizados nas rotinas de trabalho e educacionais.
É importante considerar também a disseminação da idéia de risco enunciada nas políticas públicas amplamente. É difundido nas políticas de assistência social, segurança, saúde e educação, expressões ligadas a “situações de risco”.
O poder disciplinador enunciado por Foucault é verificado quando temos uma sociedade que vivência o “perigo” constantemente, como algo inevitável e incontrolável. Para Router (2007) o medo da criminalidade torna-se um instrumento de aumento da demanda punitiva que se produz com o advento das leis, da mídia e dos impactos subjetivos dessa divulgação.
O resultado dessas ações é a construção de uma sociedade do medo, que é elemento integrante de maioria das nossas atividades cotidianas e, nesse contexto, o medo torna-se um dispositivo importante no jogo de poder da sociedade contemporânea.

A VIOLÊNCIA E O ADOLESCENTE

Frequentemente relaciona-se a adolescência com atos violentos, porém sabemos que a violência não se restringe a essa faixa etária e, conforme discutido já nesse trabalho, é algo que se encontra arraigado na nossa cultura. De acordo com Marty (2006) é necessário entender que possuem dois tipos de violência: a “comum” e a de “expressão patológica”, sendo que esta última não se expressa na adolescência.
A adolescência constitui-se como um processo de “arrombamento” (Freud, 1923) em que esse sujeito vivencia conflitos íntimos muito intensos e de ameaça do eu. Esses intensos conflitos configuram-se como uma violência contra essa criança que se vê agora como um púbere, produzindo dessa forma, uma reação neurótica.
Esse processo de entrada na puberdade provoca reações conflituosas devido às modificações internas e externas que se processam rapidamente. Assim, quando falamos de violência na adolescência, é preciso nos remeter à idéia de que a própria constituição desse sujeito é algo violento. (Marty, 2006).
Nesse cenário, basicamente tudo o que acontece é uma reação violenta e um instrumento de ação dos adolescentes e seus pares que são ameaçados pela violência. Dessa forma, se, essencialmente, a atuação do adolescente é constituída pela violência, é necessário que este tenha a possibilidade de construir atitudes de ligação e continuidade da existência. Essa ligação representa sua trajetória desde a infância até o início da puberdade, que representa o marco da descontinuidade e impermanência.
Mediante a construção da compreensão de violência, e em especial, da sua manifestação na adolescência, o presente trabalho tem como objetivo trazer concepções acerca dessas dimensões e tecer reflexões sobre as medidas de proteção aos adolescentes, de forma que seja mantido sobretudo o respeito e a justiça.
Também serão discutidos os aspectos políticos-sociais das medidas de proteção ao passo que se percebe uma insuficiência das ações articuladas em rede para realmente promover ações efetivas de transformação social.


REFERÊNCIAS:


FOUCAULT, M. Vigiar e Punir: história da violência nas prisões. Petrópolis:Vozes, 1989.
FOUCAULT, M. A verdade e as formas jurídicas. Rio de Janeiro: Nau, 1996.
MARTY, François. O dispositivo da criminalidade e suas estratégias. Ágora (Rio de Janeiro) v. IX n. 1 jan/jun 2006 119-131
RAUTER, C. Clínica e estratégias de resistência: perspectivas para o trabalho do psicólogo em prisões. Psicologia e Sociedade, Florianópolis, v. 19, n. 2, p. 42-47,2007.
TAVARES, Gilead Marchezi. Adolescência, Violência e Sociedade.Fractal: Revista de Psicologia, v. 23 – n. 1, p. 123-136, Jan./Abr. 2011
YOUNG, J. A sociedade excludente. Rio de Janeiro: Revan, 2003

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Ser em Construção

Eu ainda vivo isso
Busco no escuro
O amparo para a luz

Eu ainda vivo isso
E penso na ilusão
Que não mostra a saída

Eu ainda vivo isso
Na vã filosofia
Que - em sua maioria
Não me mostra
A beleza do ser.

Cinara Aline

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

QUEM É O SEU AMANTE?


Jorge Bucay - Psicólogo


" Muitas pessoas tem um amante e outras gostariam de ter um.
Há também as que não tem, e as que tinham e perderam".
Geralmente,
são essas últimas que vem ao meu consultório,
para me contar que estão tristes
ou que apresentam sintomas típicos de insônia,
apatia, pessimismo, crises de choro, dores etc.
Elas me contam que suas vidas transcorrem de forma monótona e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver
e que não sabem como ocupar seu tempo livre.
Enfim, são várias as maneiras que elas encontram para dizer que estão simplesmente perdendo a esperança.
Antes de me contarem tudo isto, elas já haviam visitado outros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme:
"Depressão",
além da inevitável receita do anti-depressivo do momento.
Assim, após escutá-las atentamente,
eu lhes digo que não precisam de nenhum anti-depressivo; digo-lhes que precisam de um AMANTE!!!
É impressionante ver a expressão dos olhos delas
ao receberem meu conselho.
Há as que pensam:
"Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas"?!
Há também as que, chocadas e escandalizadas,
se despedem e não voltam nunca mais.
Aquelas, porém, que decidem ficar e não fogem horrorizadas, eu explico o seguinte:
"AMANTE" é aquilo que nos "apaixona",
é o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono,
é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir.
O nosso "AMANTE " é aquilo que nos mantém distraídos
em relação ao que acontece à nossa volta.
É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.
Às vezes encontramos o nosso "AMANTE" em nosso parceiro,
outras, em alguém que não é nosso parceiro,
mas que nos desperta as maiores
paixões e sensações incríveis.
Também podemos encontrá-lo
na pesquisa científica ou na literatura,
na música, na política,
no esporte, no trabalho,
na necessidade de transcender espiritualmente,
na boa mesa, no estudo
ou no prazer obsessivo do passatempo predileto....
Enfim,
é "alguém!" ou "algo"
que nos faz "namorar a vida"
e nos afasta do triste destino de
"ir levando"!..
E o que é "ir levando"?
Ir levando é ter medo de viver.
É o vigiar a forma como os outros vivem,
é o se deixar dominar pela pressão,
perambular por consultórios médicos,
tomar remédios multicoloridos,
afastar-se do que é gratificante,
observar decepcionado
cada ruga nova que o
espelho mostra,
é se aborrecer com o calor ou com o frio,
com a umidade,
com o sol ou com a chuva.
Ir levando
é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje,
fingindo se contentar com a incerta e frágil ilusão,
de que talvez possamos realizar algo amanhã*.
Por favor, não se contente com
"ir levando";
procure um amante,
seja também um amante e um protagonista
... DA SUA VIDA!



Acredite:
O trágico não é morrer,
afinal a morte tem boa memória,
e nunca se esqueceu de ninguém.
O trágico é desistir de viver...
Por isso, e sem mais delongas,
procure um amante ...
A psicologia após estudar muito sobre o tema,
descobriu algo transcendental:

"PARA ESTAR SATISFEITO, ATIVO
E SENTIR-SE JOVEM E FELIZ,
É PRECISO NAMORAR A VIDA".

terça-feira, 12 de julho de 2011

Pedagogia de Projetos



Aula ministrada no curso Pró-Letramento de Matemática.

sexta-feira, 8 de julho de 2011



A TERCEIRA INTELIGÊNCIA
Inteligência Espiritual


No iní­cio do século 20, o QI era a medida definitiva da inteligência humana.

Só em meados da década de 90, a "descoberta da inteligência emocional mostrou que não bastava o sujeito ser um gênio se não soubesse lidar com as emoções."

A ciência começa o novo milenio com descobertas que apontam para um terceiro quociente, o da inteligência espiritual.

Ela nos ajudaria a lidar com questões essenciais e pode ser a chave para uma nova era no mundo dos negócios.

Drª DanaZohar - Oxford


No livro QS - Inteligência Espiritual, lançado no ano passado, a fí­sica e filósofa americana Dana Zohar aborda um tema tão novo quanto polêmico: a existência de um terceiro tipo de inteligência que aumenta os horizontes das pessoas, torna-as mais criativas e se manifesta em sua necessidade de encontrar um significado para a vida.

Ela baseia seu trabalho sobre Quociente Espiritual (QS) em pesquisas só há pouco divulgadas de cientistas de várias partes do mundo que descobriram o que está sendo chamado "Ponto de Deus" no cérebro, uma área que seria responsável pelas experiências espirituais das pessoas.

O assunto é tão atual que foi abordado em recentes reportagens de capa pelas revistas americanas Neewsweek e Fortune.

Afirma Dana:

"A inteligência espiritual coletiva é baixa na sociedade moderna. Vivemos numa cultura espiritualmente estúpida, mas podemos agir para elevar nosso quociente espiritual".

Aos 57 anos, Dana vive na Inglaterra com o marido, o psiquiatra Ian Marshall, co-autor do livro, e com dois filhos adolescentes.

Formada em fí­sica pela Universidade de Harvard, com pós-graduação no Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), ela atualmente leciona na universidade inglesa de Oxford.

É autora de outros oito livros, entre eles, O Ser Quântico e A Sociedade Quântica, já traduzidos para o português.

QS - Inteligência Espiritual já foi editado em 27 idiomas, incluindo o português (no Brasil, pela Record).

Dana tem sido procurada por grandes companhias interessadas em desenvolver o quociente espiritual de seus funcionários e dar mais sentido ao seu trabalho.

Ela falou à EXAME em Porto Alegre durante o 300º Congresso Mundial de Treinamento e Desenvolvimento da International Federation of Training and Development Organization (IFTDO), organização fundada na Suécia, em 1971, que representa 1 milhão de especialistas em treinamento em todo o mundo.

Eis os principais trechos da entrevista:

O que é inteligência espiritual?

É uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos.

Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal.

O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor.

O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações.

De que modo essas pesquisas confirmam suas ideias sobre a terceira inteligência?

Os cientistas descobriram que temos um "Ponto de Deus" no cérebro, uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas.

É uma área ligada à experência espiritual.

Tudo que influencia a inteligência passa pelo cérebro e seus prolongamentos neurais.

Um tipo de organização neural permite ao homem realizar um pensamento racional, lógico. Dá a ele seu QI, ou inteligência intelectual.

Outro tipo permite realizar o pensamento associativo, afectado por hábitos, reconhecedor de padrões, emotivo. É o responsável pelo QE, ou inteligência emocional.

Um terceiro tipo permite o pensamento criativo, capaz de insights, formulador e revogador de regras. É o pensamento com que se formulam e se transformam os tipos anteriores de pensamento. Esse tipo lhe dá o QS, ou inteligência espiritual.

Qual a diferença entre QE e QS?

É o poder transformador.

A inteligência emocional me permite julgar em que situação eu me encontro e me comportar apropriadamente dentro dos limites da situação.

A inteligência espiritual me permite perguntar se quero estar nessa situação particular. Implica trabalhar com os limites da situação.

Daniel Goleman, o teórico do Quociente Emocional, fala das emoções.

Inteligência espiritual fala da alma.

O quociente espiritual tem a ver com o que algo significa para mim, e não apenas como as coisas afectam minha emoção e como eu reajo a isso.

A espiritualidade sempre esteve presente na história da humanidade.

Dana Zohar identificou dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes.

Segundo ela, essas pessoas:

1. Praticam e estimulam o autoconhecimento profundo

2. São levadas por valores. São idealistas

3. Têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade

4. São holísticas (adj. Relativo a holismo, que busca tudo abranger, que é totalizante )

5. Celebram a diversidade

6. Têm independência

7. Perguntam sempre "por quê?"

8. Têm capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo

9. Têm espontaneidade

10.Têm compaixão


Os 12 princípios da Inteligência Espiritual


Danah Zohar. Formada pelo MIT – Massachusetts Institute of Technology, dá aulas sobre liderança em Oxford, na Inglaterra, e escreve livros sobre física quântica – alguns já publicados no Brasil (clique aqui para vê-los). Deu uma “aula” estimulante não sobre ecologia, mas sobre inteligência espiritual – tão necessária para que a as ações pelo meio ambiente encontrem eco em toda a sociedade.

“Inteligência espiritual tem a ver com o que eu sou, com os meus valores”, lembra a pensadora, que avisa: precisamos alimentar essa inteligência para motivar a cooperação – entre a família, a comunidade, os países. Só assim vamos encontrar soluções positivas para o planeta, e nos encontrar nessa busca também.

Acompanhe o que Danah expôs sobre os princípios da inteligência espiritual – e motive-se!

1.Tenha pensamentos positivos, sempre. Não pense como vítima das circusntâncias, pense que sofrer é uma oportunidade de ser forte. “A crise econômica atual” é uma oportunidade de pensar nossos valores”, lembra Danah.

2. Descubra quem você é. O que me faz levantar de manhã? Para que eu vivo, por o que daria minha vida? O que me motiva para fazer coisas todos os dias? Quem eu sou realmente? Comprar, trabalhar, sair com os amigos faz parte de nosso universo, mas o “ser” é mais do que isso. Quando eu digo “minha vida é minha oração”, significa saber que minha vida é um presente de Deus e que precisamos fazer a diferença nesse planeta.

3. Tenha humildade. Precisamos saber que o que fazemos parte de um sistema, e que precisamos prestar atenção nos outros, lembrando que existem diversos pontos-de-vista – não o seu, unicamente.

4. Viva a compaixão. A origem dessa palavra significa “sentir com”. Sentir a dor do outro como se fosse a sua dor. “Eu não somente cuido dos pobres, eu sou pobre. “O planeta é parte de mim – nascemos quando o Big Bang surgiu”. Lembre-se sempre: eu sinto que sou você, e que você sou eu.

5. Reveja seus valores. Precisamos pensar menos em “eu, mim” e mais em “nós, nossos”. E precisamos rever nossos valores para servir uns aos outros. Compo fazer isso? “Pergunte a você mesmo, qual é o melhor que você pode dar”, avisa a filósofa.

6. Viva o presente. Tire o peso do passado e das preocupações – e viva o agora!

7. Estamos conectados, e o jeito que vivo minha vida afeta a vida do outro. “Se me sinto negativo, espalho essa negatividade para minhas relações, minha comunidade. Mas se me sinto esperançosa e que posso fazer melhor, espalho essa atitude para as outras pessoas”.

8. Responda a uma questão fundamental: sempre perguntar porquê! Nós nos fechamos a verdade se não questionamos.

9. Mude a sua mente, seus paradigmas, e coloque seus pontos-de-vista sob uma nova perspectiva. Isso é muito necessário no meio empresarial, destacou Danah. “Precisamos de uma revolução do pensamento também nas lideranças e na educação”. Educação significa memorização, imposição? Ou é ajudar as crianças a fazerem boas perguntas? A mídia também precisa rever o seu papel e ajudar as pessoas a formarem consciência crítica.

10. Valorize seus princípios, mesmo que sejam impopulares. Entretanto, não seja arrogante de que está certo, mas questione-se. Escute os outros, mas veja o que você quer acreditar, para o que você quer lutar.

11. Celebre a diversidade. Isso não significa numa empresa, por exemplo, colocar uma mulher ou negro num cargo alto, mas construir um pensamento do que significa a diferença para você, e o que ela tem a te ensinar. Dizer “obrigada por ser diferente, por me fazer questionar a mim mesmo”.

12. Descubra a sua vocação, o seu propósito de vida e em como você pode fazer a a diferença. “Você não precisa ser o Gandhi ou o Barack Obama. Cozinhar um bolo pra sua família, um pai que vai brincar com seu filho, dando o seu melhor, é uma maneira de servir a humanidade com o melhor que temos”.

Para terminar, um recado aos educomunicadores e educadores em geral: “eu chamo a todos para a revolução não-violenta, onde as novas tecnologias podem mudar o mundo, sim, e que é preciso acreditar que você pode fazer a diferença”.

domingo, 19 de junho de 2011

domingo, 12 de junho de 2011

sábado, 11 de junho de 2011

Práticas de Desapego

Apego – processo de identificação. Colar no outro – como se fosse um membro meu: “meu marido, minha esposa, minha mãe”. Quando você toma uma pessoa como parte sua, você acha que pode se intrometer, se envolver em tudo e deixa que a pessoa se intrometa muito na sua vida. Respeito só acontece a partir do desapego. Reconhecimento do limite! “Perder” as pessoas=sofrimento. Parece que perdeu um braço, dói muito. A opção de mudança é o desapego. Aprender a viver com o desapego=equilíbrio, respeito, você se sente mais amplo e mais livre. Somos espíritos livres.

Práticas de desapego:

Eu não preciso de ninguém. Eu não preciso daquele amor, daquele marido, preciso sim de amor, de atenção, mas não especificamente daquela pessoa. Parar de cismar, pois isso é uma fuga da realidade, não é amor nem paixão. Procure outras maneiras, arrume outras pessoas, seja melhor para você. Pois ficamos naquela cisma e não conseguimos andar pra frente.

Não me apegar às pessoas, nem às coisas materiais, nem a papéis, colocar essa força e esse interesse na fonte da vida. Ao invés de grudar em uma coisa fora, grude em alguma coisa dentro. Vou me apegar a Deus, à vida, ao universo, à proteção do universo. Eu devo ao universo, à vida, eu não devo a ninguém. Através do universo nossas vidas se cruzam temporariamente. A segurança em alguma coisa é aqui dentro.
Com os olhos fechados: em quem eu estou muito ligado? Diga a frase: Eu sou eu, ele é ele! Várias vezes com muita lucidez, até descolar. Ele lá, eu aqui. Você desloca aquela energia de você, e também a ameba que sempre traz o assunto pra sua cabeça, repetindo o pior. A raiva e o ódio também são formas de apego.

Todo mundo é todo mundo, eu sou eu, o outro é o outro. A ameba nos amarra nos outros, nos faz sentir medo. Mesmo assim, a pessoa é ela, possui o arbítrio dela = isso é o respeito real. O outro não tem que fazer o que você quer, se você tem o poder de seduzir o arbítrio do outro tudo bem, mas mesmo assim, o arbítrio ainda é do outro. Não analise, não critique, ouça! Compreenda-a por ela mesma e não pela sua cabeça.

O desapego tende a melhorar 100% as nossas relações. Práticas para os relacionamentos durarem mais, serem mais sérios, com mais respeito. Eu sei que estou apegado quando estou ansioso e preocupado. Independente do que aconteça, eu ainda serei eu, e ela ainda será ela. As coisas vêm, vão, e eu permaneço. Eu gosto do que naquela pessoa, gosto de fazer o que com a aquela pessoa? Isso é meu, eu tenho o meu gostar com aquela pessoa. No desapego, eu dou porque gosto e me faz bem, não espero em troca. Troca: o que você tem de mim, o que eu tenho de você? Isso não é apego, é troca. Se a fonte dessa pessoa secar, vou procurar outra. O bom empresário troca seu fornecedor quando não está bom. Diversificação é desapego. Se a empresa faliu, eu não fali.

Desapego não significa que você não tenha constância. O passado já foi o bom tá aqui! Tá agora. Isso não existe mais, o que existe é o agora. EU SOU EU AQUI E AGORA, O RESTO É LÁ FORA. O importante é que eu esteja aqui e agora, me sentindo bem.
SOLTA A PESSOA, ELA É DELA, ELA É ELA.

Fonte: Luiz Antônio Gasparetto

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Nada possuímos, não somos donos de ninguém


O sentimento de posse tem sido a causa de muitos sofrimentos. Sofremos quando nos roubam os bens materiais, sofremos quando perdemos afetos que julgávamos nossos. Enquanto vivemos na Terra, estamos sujeitos a freqüentes perdas. Tudo o que possuímos são empréstimos da Divindade para aprendermos as lições do Amor na escola da Vida.
Nem tudo que é nosso nos acompanhará na Grande Viagem. Deixaremos roupas e calçados, casa e fazendas, carros e jóias e tudo aquilo que se constitui interesse material: as nossas pequenas posses, pelas quais tanto brigamos e nos magoamos, nossos discos e livros de estimação, nossos objetos de uso pessoal e infinidades de coisas que nos apegamos tanto e um dia seremos obrigados a deixar para que os outros façam o que bem queiram e entendam...
Porém, a mágoa que mais dói e consome, é aquela causada pela perda do ser amado. O sentimento de abandono tem nos causado tanto ressentimento, que, durante séculos vimos caminhando para ressarcir as faltas cometidas perante a Lei Divina, motivadas por essa forma de sentir.
As pessoas têm o seu caminho próprio que nem sempre é ao nosso lado por muito tempo. Cada pessoa está conosco apenas por um pouco, devendo seguir outros rumos que não são os nossos. Assim como nós passamos pela vida de alguém, muitos também passam pela nossa vida, deixando a experiência, as lições, as boas lembranças.
Mesmo que alguém permaneça durante toda a vida física ao nosso lado, haverá períodos em que estará distante emocionalmente, sintonizado com outros interesses diferentes dos nossos.
Aproveitemos, pois, a presença dos nossos afetos, para usufruirmos dos seus sentimentos e vivermos esses momentos da melhor maneira possível, a fim de que sejamos um aconchegante raio de luz em suas recordações.
Preparemo-nos para deixa-los partir a qualquer momento, quando assim se fizer necessário, distanciando-se para outras experiências, nesta ou na outra vida, sem guardar mágoa nenhuma, lembrando de que Deus é quem verdadeiramente nos supre as carências e nos acompanha eternamente.

domingo, 22 de maio de 2011

As Brincadeiras como Instrumentos de Desenvolvimento da Psicomotricidade e da Aprendizagem Infantil



Paramos para perceber a importância do nosso corpo e reconhecemos o quanto ele nos é valioso e imprescindível em nossa sobrevivência, pois é mediante este importante instrumento que nos comunicamos com o mundo, seja de forma verbal ou através dos movimentos. Nesse sentido, o bom uso do nosso corpo é aspecto fundamental nesse processo, o que requer o controle sobre nossos movimentos involuntários. Já sabemos que o corpo fala, ele é o porta-voz de nossos sentimentos, emoções, percepções, refletindo nossos aspectos internos e externos. Para usar bem nosso corpo, temos que conhecê-lo, percebê-lo, interiorizando sensações de cada parte dele. É necessário compreender que nosso córtex cerebral recebe as informações sensoriais e assim, facilita a aquisição da noção e do esquema do próprio corpo e de suas posturas. O professor pode estimular o corpo de várias maneiras, interagindo com os conteúdos a serem aprendidos, as brincadeiras e os jogos são instrumentos pedagógicos importantes na estimulação do desenvolvimento infantil. A relação harmoniosa com o corpo necessita ser cultivada por toda a vida inclusive em todos os níveis de escolaridade. O bom uso do corpo proporcionará aprendizados e lembranças prazerosas. Nesse contexto, os professores podem ajudar no desenvolvimento psicomotor interagindo as disciplinas e oferecendo diversas oportunidades para a criança adquirir conhecimento a partir dos movimentos corporais. Na experiência com crianças deficientes o ideal é expor as limitações existentes e juntas, professores e alunos planejarem um trabalho integrado com o uso das atividades inclusivas. Assim como é importante que a construção da aprendizagem seja acompanhada do movimento, também é necessário que o professor resgate a sua história e seus desejos infantis para que ele possa compreender as necessidades de seus alunos. O corpo ainda é encarado de forma fragmentada do processo educativo e que não encontramos muitas iniciativas que procurem integrar todas as dimensões humanas no desenvolvimento educacional. Com essa constatação, é necessário pensar alternativas em que a criança de desenvolva como ser integral, trabalhando suas dimensões de forma harmoniosa e efetiva. As brincadeiras e os jogos são opções bastante interessantes para que consigamos integrar todas as áreas de conhecimento e dimensões humanas no processo educativo.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Neurologia e Aprendizagem: Refletindo sobre o Papel das Brincadeiras

A criança em todas as suas dimensões, cognitivas, emocionais, biológicas, sociais, dentre tantas outras, tem o brincar como instrumento essencial para interagir com o mundo exterior e desenvolver suas dimensões pessoais. Consideramos que compreender o processo de construção de aprendizagem e suas implicações biológicas é fator de fundamental importância ao considerarmos a criança como um sujeito integral. Conhecer as principais estruturas cerebrais e os conceitos básicos da neurociência é de grande importância para a conscientização do professor, para que ele possa perceber a dimensão que o processo de aprendizagem de seu aluno, pode alcançar a partir de uma aula bem elaborada e explorada com criatividade e interdisciplinaridade. É necessário estimular ao máximo os educandos com atividades lúdicas que desenvolvam a construção de diversas áreas do conhecimento. Quanto mais estimulada ela for, maiores conexões cerebrais ela formará. E quanto mais nova for a criança mais facilidade ela terá em ser estimulada, quanto mais velha for a criança mais lentamente serão criadas essas conexões neurológicas. Mediante o brincar, a criança interage com o mundo físico e com seus pares, desenvolvendo-se na plenitude de ser humano. A brincadeira também é um excelente instrumento pedagógico, onde iremos trabalhar as habilidades das crianças, desenvolver aspectos importantes de sua formação enquanto indivíduo e também diversas áreas neurais. Nas brincadeiras estaremos explorando diferentes linguagens: oral, música, desenho, pintura, corpo, escrita, mídia – TV, cinema, poesia, gestual, escultura, mímica, matemática, teatro, informática, desenvolvendo assim, a função simbólica, o processo de pensamento e o letramento. Mediante o exposto consideramos necessário o uso dos conhecimentos científicos na atuação pedagógica cotidiana. As atividades desenvolvidas com as crianças necessitam ser fundamentadas de forma que consigamos obter os resultados almejados de forma consciente e crítica. Conhecer o processo de construção de aprendizagem e suas implicações biológicas é fator de fundamental importância ao considerarmos a criança como um sujeito integral. E as brincadeiras nesse contexto, apresentam-se como um recurso de valorização da ludicidade e da criatividade infantil.

domingo, 8 de maio de 2011

Saber amar ... saber deixar alguém te amar

MÃE 'DESNECESSÁRIA'

Um reflexão necessária ....


*A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo. Uma batalha interna hercúlea, confesso. *


Quando começo a esmorecer na luta para controlar a 'super-mãe' que todas temos dentro de nós, lembro logo da frase, hoje absolutamente clara: Se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária.

Antes que alguma mãe apressada venha me acusar de desamor, preciso explicar o que significa isso.


Ser 'desnecessária' é não deixar que o amor incondicional de mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência nos filhos, como uma droga, a ponto de eles não conseguirem ser autônomos, confiantes e independentes. Prontos para traçar seu rumo, fazer suas escolhas, superar suas frustrações e cometer os próprios erros também.
Pai e mãe- solidários- criam filhos para serem livres. Esse é o maior desafio e a principal missão.



Ao aprendermos a ser 'desnecessários', nos transformamos em porto seguro para quando eles decidirem atracar.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A aprendizagem Significativa


Os modos de ensinar e aprender mudaram substancialmente nos últimos tempos, especialmente pelo advento de um novo paradigma em educação. Uma nova perspectiva progressivamente vem-se instalando no contexto educacional transformando concepções e práticas, repensando principalmente o papel da escola na formação integral desse sujeito. Nesse contexto, questionamos alguns procedimentos largamente aceitos na sociedade moderna, e que são, no entanto, altamente prejudiciais para a construção de uma aprendizagem significativa.
A enxurrada de informações e estímulos é uma dessas práticas deturpadas, pois esquecemos a qualidade da informação que está sendo transmitida e, principalmente, não são realizadas práticas que permitem a construção e apropriação do conhecimento pelo sujeito.
O afeto atravessa e transversaliza a inteligência o tempo todo. Sendo assim, na maioria dos casos não há problema do aluno em aprender, mas sim na nossa mediação enquanto professor. COMO eu ensino precisa ser substituído para como o aluno APRENDE. Ou seja, levantar os tipos de estratégias para que o sujeito incorpore a aprendizagem e traga isso para ele, proporcionando a construção de esquemas e elaboração de estratégias por meio da mediação. Explorar as formas de esquema ajuda na aprendizagem significativa.
Esse processo parte da teoria da Metacognição que estabelece alguns passos essenciais na construção de uma aprendizagem autônoma e realmente significativa, sendo eles: verbalizar implica refletir; realização de autoperguntas; levantamento de estratégias; controle do processo de soluções e por fim, tomada de consciência da própria aprendizagem.