quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Respeito

Quanto tempo levaremos para entender que o outro não é obrigado a preencher nossas expectativas? Quanto tempo para entender que os meus desejos não são ordens? Que o meu gostar não é decreto? Que os meus conceitos não são leis? Quantos caminhos percorrer para vivenciar o respeito? Respeito: Palavra banalizada, mal compreendida e raramente vivida. Quantos caminhos? Quanto tempo? Quantas vidas? Quantas pessoas mais? São íngrimes os caminhos que nos levam a realização do Ser .... Caminho longo aquele que nos leva a compreender as nuances de conviver ... Cinara Freitas

domingo, 14 de outubro de 2012

A criança interior

Nosso desafio existencial consiste em superar as feridas infantis, encarando de forma honesta e sincera a criança ferida que nos habita e que foi recalcada pela vivência e conceitos adultos. A consciência de nossas dores antigas permite que...gradualmente possamos sair de padrões negativos e vivenciarmos o amor pleno. O amor infantil baseia-se em padrões de exigências, dependência, desespero e apego. A criança interior em seus aspectos negativos vive na imaturidade, gratificação obstinada e superstições. Essa criança em seus aspectos positivos é espontânea, simples, livre, criativa e sensível. Assim, a vida não mente, pois o que está do lado de fora, está do lado de dentro. Que possamos fazer nossa criança crescer e superar suas dores, para então evoluirmos nosso relacionamento com o outro, com os objetos, com a gente mesmo, com a vida. Essa superação se dará mediante o estudo, o trabalho interior e diposição de sermos melhores.

sábado, 29 de setembro de 2012

Pierre Bourdieu: A escola enquanto perpetuadora da desigualdade social

Pierre Bourdieu enuncia que a escola não é uma instituição neutra e o desempenho escolar não depende exclusivamente das características individuais do aluno, mas, sobretudo da origem social e da realidade destes. Bourdieu nos fala que os alunos não são sujeitos que competem no sistema educacional de forma igualitária, mas são sim, seres constituídos socialmente e compostos de bagagem social e cultural que é em certa medida mais ou menos adequada à cultura escolar. Assim, sua origem e condição sócio-cultural é fator de sucesso ou de fracasso frente às exigências educacionais. Ao questionar a neutralidade da escola, Bourdieu afirma que os valores e conteúdos cobrados na escola representam os interesses e posturas das classes dominantes, que são dissimuladamente tratados como cultura universal. Assim, a escola legitima os processos de desigualdade social na definição de seu currículo, das metodologias de ensino e maneiras de avaliar, ao passo que relaciona as diferenças acadêmicas e cognitivas com as características e méritos individuais do sujeito. Para Bourdieu os sujeitos são socialmente constituídos, sendo que a ação das estruturas sociais sobre as posturas dos indivíduos dá-se num movimento de dentro para fora, entendendo-se assim, que a estrutura social conduz a formação individual.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Uma viola-de-amor

Dêem ao homem uma viola-de-amor e façam-no cantar um canto assim... "Sairei de mim mesmo e irei ao encontro das flores humildes dos caminhos e das lentas aves dos crepúsculos, cujo pipilo suspende na paisagem uma lágrima que nunca se derrama. Sairei de mim mesmo em busca de mim mesmo, em busca de minha imagem perdida nos abismos do desespero, minha imagem de cuja face já não me lembro mais... "Sairei de mim mesmo em busca das melodias esquecidas na memória, em busca dos instantes de total abandono e beleza, em busca dos milagres ainda não acontecidos... "Que eu seja novamente aquele que ergue do chão o pássaro ferido e, no calor de sua mão, dá-lhe de morrer em paz; aquele que, em sua eterna peregrinação em busca da vida, ajuda o carnponês a consertar a roda do seu carro... "Que me seja dado, em minhas andanças, restituir a cada ser humano o consolo de chorar dias de lágrimas; e depois levá-lo lá onde existe a luz e chorar eu próprio ante a beleza do seu pranto ao sol... "Possa eu mirar novamente os pélagos e compreendê-los; atravessar os desertos e amá-los. Possa eu deitar-me à noite na areia das praias e manter com as estrelas em delírio o colóquio da eternidade. Possa eu voltar a ser aquele que não teme ficar só consigo mesmo, numa dura solidão sem deliqüescência... "Bem haja o meu irmão no meu caminho, com as suas úlceras à mostra, que a ele eu hei de curar e dar abrigo no meu peito, Bem haja no meu caminho a dor do meu semelhante, que a ela estarei desvelado e atento... "Seja a mulher a mãe, a esposa, a amante, a filha, a bem-amada do meu coração; possa eu amá-la e respeitá-la, dar-lhe filhos e silêncios. Possa eu coroá-la de folhas da primavera em seu nascimento, seu conúbio e sua morte. Tenha eu no meu pensamento a idéia constante de querê-la e lhe prestar serviço... "Que o meu rosto reflita nos espelhos um olhar doce e tranquilo, mesmo no mais fundo sofrimento; e que eu não me esqueça nunca que devo estar constantemente em guarda de mim mesmo, para que sejam humanos e dignos o meu orgulho e a minha humildade, e para eu cresça sempre no sentido de Tempo... "Pois o meu coração está antes de tudo com os que têm menos do que eu, e com os que, tendo mais do que eu, nada têm. Pois o meu coração está com a ovelha e não com o lobo; com o condenado e não com o carrasco… "E que este seja o meu canto e o escutem os surdos de carinho e de piedade; e que ele vibre com um sino nos ouvidos dos falsos apóstolos dos falsos apóstatas; pois eu sou o homem, ser de poesia, portador do segredo e sua incomunicabilidade - e o meu largo canto vibra acima dos ócios e ressentimentos, das intrigas e vinganças, nos espaços infinitos...". Dêem ao homem uma viola-de-amor e façam-no cantar um canto assim, que sua voz está rouca de tanto insulto inútil e seu coração triste, de tanta vã mentira que lhe ensinaram.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Exorcista

"O homem é, por natureza e vocação, um exorcista. O exorcista tem a função de expulsar o demômio e afastar as más influências que venham afetar pessoas, objetos e ambientes. É um ofício litúrgico. Mas, é também uma tarefa permanente do homem. O ser humano tem a missão de expulsar o demônio do mal da face do universo. Cabe-lhe eliminar as influências nocivas, dispersar as forças destruidoras, impedir a infiltração dos vícios, descativar as consciências aprisionadas por erros e misérias, libertar vidas que estão sob o jugo de condições injustas, desumanas e antievangélicas. Exorcizar é responsabilidade primária e radical do homem. Se o homem abdica dessa tarefa, solidariza-se com o mal, aceita a invasão da iniquidade, concorda com a degradação do mundo. O exorcista é um inconformado. Contesta a presença do mal, sob qualquer forma e em qualquer situação. Quem se recusa a praticar o exorcismo em si mesmo e no mundo, é um demissionário, tolera passivamente o domínio da servidão espiritual ou material. No dia em que o homem não quisesse mais praticar o exorcismo, teria capitulado perante as forças da malícia, e da cidade humana não ficaria pedra sobre pedra. O homem tem sido insuficientemente exorcista. Não leva a sério a missão de exorcizar. Agita-se quando surge um episódio extraordinário, real ou apenas fictício. Mas, permanece indiferente às anomalias instaldas nos fatos comuns e situações ordinárias. Muitas vezes, o homem convive com o demônio do mal e não se assusta. Espanta-se com a possibilidade de uma possessão diabólica, mas não se intranquiliza com a influência maligna que lhe envenena e estraga sua vida, o lar, o trabalho, as relações sociais. O homem deve reassumir a missão de exorcista. O campo do exorcismo é vasto e desafia a responsabilidade de todos os homens. Há muito demônio para ser desalojado. Há muito exorcismo a ser feito no mundo hoje. Infelizmente, o que falta não é demônio para ser expulso. O que falta é exorcista que queira expulsar o demônio do mal." JUVENAL ARDUINI Livro: Estradeiro, Para onde vai o homem?

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Porque pensar é não compreender...

Creio no mundo como num malmequer, Porque o vejo. Mas não penso nele Porque pensar é não compreender... O Mundo não se fez para pensarmos nele (Pensar é estar doente dos olhos) Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo... Eu não tenho filosofia; tenho sentidos... Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é, Mas porque a amo, e amo-a por isso Porque quem ama nunca sabe o que ama Nem sabe por que ama, nem o que é amar... Fernando Pessoa

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Deus de Spinoza



“Para de ficar rezando e batendo o peito!

O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida.

Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.

Para de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa.

Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias.

Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.

Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau.

O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria.

Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.

Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo.

Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho...

Não me encontrarás em nenhum livro!

Confia em mim e deixa de me pedir.
Tu vais me dizer como fazer meu trabalho?

Para de ter tanto medo de mim.
Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo.
Eu sou puro amor.

Para de me pedir perdão.
Não há nada a perdoar.
Se Eu te fiz...
Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio.

Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti?
Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez?
Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade?

Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.
Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti.
A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.

Eu te fiz absolutamente livre.
Não há prêmios nem castigos.
Não há pecados nem virtudes.
Ninguém leva um placar.
Ninguém leva um registro.
Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.

Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho.

Vive como se não o houvesse.
Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir.
Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei.
E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não.
Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste...
Do que mais gostaste?
O que aprendeste?
Para de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar.

Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti.
Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.

Para de louvar-me!
Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja?
Me aborrece que me louvem.
Me cansa que agradeçam.
Tu te sentes grato?
Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo.
Te sentes olhado, surpreendido?...
Expressa tua alegria!
Esse é o jeito de me louvar.

Para de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim.
A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas.
Para que precisas de mais milagres?
Para que tantas explicações?
Não me procures fora!
Não me acharás.
Procura-me dentro... aí é que estou, batendo em ti."

terça-feira, 27 de março de 2012

Se o dinheiro for a sua esperança de independência, você jamais a terá. A única segurança verdadeira consiste numa reserva de sabedoria, de experiência e de competência.

Henry Ford

segunda-feira, 26 de março de 2012

Deixar fluir


Flua com a vida. Para onde quer que o fluxo da sua vida flua, onde quer que você sinta alegria e felicidade, vá fluindo nessa direção. A felicidade é o critério.

O rio Ganges flui em direção ao leste, o rio Narmada flui em direção ao oeste. Se por acaso acontecesse de eles se encontrarem no meio do caminho seria um grande problema, porque o Ganges diria, "eu estou indo para o oceano", e o Narmada também diria: "eu estou indo para o oceano."

Você vai dizer que um deles deve estar errado. Ambos podem estar errados, mas como ambos podem estar certos? Criaria uma grande discussão. E não há maneira de resolver essa discussão em pé no meio de um cruzamento na estrada. A pessoa tem que ir para o oceano para ver.

Mas se você for você saberá que o Ganges, que corre para o leste, atinge o oceano, e o Narmada, que flui para o oeste, também atinge o oceano. O oceano é um - como o oceano pode ser do leste ou do oeste? Você pode dar-lhe nomes diferentes, você pode chamá-lo de Mar da Arábia ou de Baía de Bengala, mas não faz qualquer diferença, o oceano é um e todos os rios chegam a ele.

Em qualquer caminho que você sinta o fluxo, onde quer que você sinta a alegria, onde quer que a poesia pareça surgir em sua vida, onde quer que você possa ir cantando, onde quer que você possa ir dançando, é o seu caminho. Então, não dê ouvidos a ninguém.

O Ganges de alguém pode estar indo para o leste. Diga-lhe: "Desejo a você o melhor, vá, mas meu Narmada está indo para o oeste e estou feliz. E eu encontrei minha direção para fluir, eu encontrei meu caminho. Porque eu sou feliz em cada passo, posso supor que no final haverá a bênção final."

Esse critério é verdadeiro em cada e em todos os passos do seu caminho. Sempre que há tensão, desconforto, sofrimento, dor, fique alerta. A música da vida não está fluindo? Então talvez você pode estar indo na direção errada, de alguma forma você deve estar indo contra a sua própria natureza.

No Bhagavad Gita, Krishna diz: "É melhor até morrer por sua própria natureza, mas seguir a natureza de alguém é destrutivo". Você pode se envolver com a natureza de outra pessoa - a natureza própria de alguém lhe atrai e cria uma ganância em você.

Vendo o Ganges indo para o leste, se o Narmada também tivesse o desejo de ir para o leste então ele iria sofrer. Ele ficaria em apuros e não seria capaz de chegar ao oceano.

Todo mundo tem sua própria maneira de fluir. Mantenha sempre sua visão em seu próprio critério interno. Sua harmonia interna irá sempre mostrar o caminho certo.

E quando você se torna muito influenciado pelo critério interno de outra pessoa, então você se torna confuso. Quando você começar a imitar alguém, você vai se extraviar, você vai se desviar de sua alma.

Enquanto você continuar seguindo sua própria harmonia interna, enquanto você seguir o seu próprio coração e ouvir a sua própria voz interior, então você nunca pode se extraviar.

E então você também vai saber que seu caminho não precisa ser necessariamente o caminho de outro alguém. Então você vai abandonar a necessidade de julgar o caminho do outro.

Então você vai notar muito isso - que, se o Ganges vai dançando, então ele deve estar indo em direção ao oceano. Seu oceano pode estar no leste, meu oceano está no oeste, mas eu também vou dançando e o Ganges também vai dançando, por isso ambos devemos estar indo para o oceano.

Porque, a menos que um rio vá para o oceano, ele não pode dançar. É o oceano se aproximando que se torna uma dança em seus pés.

É Deus se aproximando que se torna a felicidade interior. Felicidade é o critério

terça-feira, 20 de março de 2012

Mistério no Exterior, Poesia no Interior

Uma pessoa deve entender o Ah! das coisas e então tudo é compreendido.

Dizem que a filosofia começa com o maravilhar-se. Talvez. Mas a filosofia sempre tenta destruir a maravilha - ela quer matar sua mãe. Todo o esforço da filosofia é desmistificar a existência.

Quanto mais você acha que sabe, menos você tem respeito, maravilha, reverência, amor. A existência então parece estar no passado, sem relevo; não há mais nenhum mistério nela.

E é claro que, quando não houver nenhum mistério no exterior, não há nenhuma poesia no interior. Eles andam juntos, são paralelos: mistério no exterior, poesia no interior.

A poesia só pode surgir se a vida permanecer merecendo ser explorada. No momento que você sabe, a poesia morre; o ato de conhecer é a morte de tudo aquilo que é bonito em você.

E, com a morte da poesia, você vive uma vida que não vale a pena ser vivida - não pode ter significação, não pode ter nenhuma celebração. Não pode florescer, não pode dançar; você só pode se arrastar.

Então, talvez aqueles que dizem que a filosofia começa com o maravilhar-se estejam certos, mas eu gostaria de acrescentar mais uma coisa: ela tenta matar sua mãe.

A religião nasce com o maravilhar-se, vive com o maravilhar-se. A religião inicia com o maravilhar-se e termina com mais maravilhar-se. Essa é a diferença entre a filosofia e a religião - ambas podem ter o seu começo com o maravilhar-se, mas depois elas pegam caminhos separados.

A religião começa procurando compreender os mistérios e descobre que esses mistérios vão se aprofundando. Quanto mais você sabe, menos sabe, e o resultado do saber é a ignorância.

Você fica totalmente ignorante, não sabe absolutamente nada. Um estado de inocência é alcançado. Nesse estado de inocência, a poesia atinge sua perfeição. Essa poesia é a religião.



Leia mais: http://www.palavrasdeosho.com/#ixzz1pfiHJ5i5

segunda-feira, 19 de março de 2012

quarta-feira, 14 de março de 2012

"Que eu faça um mendigo sentar-se à minha mesa, que eu perdoe aquele que me ofende e me esforce por amar, inclusive o meu inimigo, em nome de Cristo, tudo isto, naturalmente, não deixa de ser uma grande virtude. O que eu faço ao menor dos meus irmãos é ao próprio Cristo que faço. Mas o que acontecerá, se descubro, porventura, que o menor, o mais miserável de todos, o mais pobre dos mendigos, o mais insolente dos meus caluniadores, o meu inimigo, reside dentro de mim, sou eu mesmo, e precisa da esmola da minha bondade, e que eu mesmo sou o inimigo que é necessário amar?”– Carl Gustav Jung
O que é ser livre ? É não termos vergonha de sermos quem somos. Nietzsche

Torne-se Poético


Um poeta vem a conhecer certas coisas que são reveladas somente em um relacionamento poético com a realidade.

No que se refere à esperteza mundana, o poeta é um tolo. Ele nunca se desenvolverá no mundo da riqueza e do poder. Mas, em sua pobreza, ele conhece um tipo diferente de riqueza na vida que ninguém mais conhece.

O amor é possível a um poeta, Deus é possível a um poeta. Somente aquele que é inocente o bastante para desfrutar pequenas coisas da vida pode entender que Deus existe, porque Deus existe nas pequenas coisas da vida: ele existe no alimento que você ingere, na caminhada que você faz pela manhã, no amor que você tem por seu amado ou por sua amada, na amizade que você tem com alguém. Deus não existe nas igrejas; estas não são parte da poesia, mas da política.

Torne-se mais e mais poético. É necessário ter coragem para ser poético; você precisa ser corajoso o bastante para ser chamado de tolo pelo mundo, mas somente então poderá ser poético.

E para ser poético, não quero dizer que você precisa escrever poesia. Escrever poesia é apenas uma parte pequena e não essencial de ser poético. Uma pessoa pode ser poeta e jamais escrever uma única linha de poesia, e uma outra pode escrever milhares de poemas e ainda não ser um poeta.

Ser poeta é um estilo de vida. É amor pela vida, é reverência pela vida, é um relacionamento sincero com a vida.

Osho



Leia mais: http://www.palavrasdeosho.com/2009/05/torne-se-poetico.html#ixzz1p5lA1jTr

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Segue o teu destino ...


Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.

A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós próprios.

Suave é viver só
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.

Fernando Pessoa

ENSAIOS SOBRE AUTOCONHECIMENTO


“Jogue fora todos os mapas, porque você é a meta. Os mapas podem ajudar se a meta estiver em outro lugar; eles não podem ajudar se você for a própria meta. Eles podem até distrair, porque quando você olha para um mapa, você deixa de olhar para si mesmo.”. Osho


O outro é a ponte. Eu sou o caminho! Eu sou o artífice de todos os acontecimentos, o construtor de meus espaços vivenciais, sou a matéria-prima e o artesão, sou a base, o fundamento, o livro a ser lido, o segredo a ser revelado, o fenômeno a ser observado.
É comum o olhar para fora, aliás, é mais do que comum, é justificável, é fácil, foi ensinado e aprendido culturalmente através dos séculos que se passaram. Chega um tempo, entretanto, em que o olhar para dentro torna-se essencial e urgente. Vivemos um momento em que não temos mais o direito - enquanto ser atuante nos processos universais - de fingir o que pensamos, de camuflar o que sentimos, de engolir o choro e inventar sorrisos. É chegada a hora de se ver!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Medo da Vida - Osho


Você pode tornar tudo positivo somente se você tornar-se positivo em relação à vida. Mas nós não somos positivos em relação à vida. Por quê? Por que nós não somos positivos em relação à vida? Por que nós somos negativos? Por que essa luta constante? Por que nós não podemos ter uma entrega total à vida? Qual é o medo?

Você pode não ter observado: você tem medo da vida – muito medo da vida. Pode soar estranho dizer que você tem medo da vida, porque comumente você sente que tem medo da morte, não da vida. Essa é a observação usual, que todo mundo tem medo da morte. Mas eu lhe digo: você tem medo da morte somente porque tem medo da vida. Aquele que não tem medo da vida não terá medo da morte.

Por que nós temos medo da vida? Três razões. Primeira: seu ego só pode existir se ele for contra a corrente. Flutuando corrente abaixo, seu ego não pode existir. Seu ego só pode existir quando ele luta, quando ele diz "não". Se ele disser "sim", sempre "sim", ele não poderá existir. O ego é a causa básica de dizer "não" a tudo.

Olhe os seus modos, como você se comporta e reage. Olhe como o "não" vem imediatamente à mente, e como o "sim" é muito, muito difícil – porque com o "não" você existe como um ego. Com o "sim", a sua identidade fica perdida, você se torna uma gota no oceano. Não há nenhum ego no "sim"; eis por que é tão difícil dizer sim – muito difícil.

Você está me entendendo? Se você está indo contra a corrente, você sente que você existe. Se você simplesmente se entrega e começa a flutuar com a corrente aonde quer que ela o conduza, você não sente que você existe. Então, você se tornou parte do rio. Esse ego, esse pensar-se isolado como um "eu", cria a negatividade à sua volta. Esse ego cria as ondulações de negatividade.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012


Se você não está confuso
então
não tá entendendo
nada.

Jim Dodge